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Síndrome do Zequinha

Por Thais Rigo

Se você nasceu nos anos 90 (noventa) e já assistiu Castelo Rá-Tim-Bum, com certeza já ouviu falar do Zequinha, mas se caso não seja assim tão “CRINGE”, pode ficar tranquilo (a) que eu vou explicar!

Zequinha era uma criança que queria saber o porquê de tudo, chegava a ser irritante como em qualquer explicação ele terminava perguntando: “mas porquê?”. Até que todos os outros personagens do castelo acabavam se irritando e respondiam num sonoro: PORQUE SIM, ZEQUINHA!

Mas o Zequinha não era simplesmente uma criança irritante, ele era na verdade muito curioso, e com razão, hoje nós estamos em uma geração que vive no automático, sempre seguindo a manada do “Porque sim Zequinha”, não existem grandes questionamentos e nem reflexões sobre as coisas, só um simples “fazemos assim porque é assim que funciona”, e isso se aplica a qualquer área de trabalho ou conhecimento.

Mas, porque funciona assim?

Você costuma questionar o porquê das coisas? Se não, talvez devesse!

Aqueles que vivem com a Síndrome de Zequinha sentem a necessidade de saber os porquês de tudo, não se contentam com um simples “porque sim”. São essas pessoas que realmente fazem diferença no sistema. Como já dizia a campanha do Canal FUTURA “São as perguntas que movem o mundo”, e se você não conhece essa campanha do início dos anos 2000, clica aqui, porque você precisa conhecer.

As pessoas que se interessam em saber o porquê ou como as coisas funcionam, são aquelas que se dedicam, estudam, mostram pró atividade na sua essência, são pesquisadores e, portanto, vão saber resolver quando as coisas deixarem de funcionar, pois entenderam o mecanismo daquilo.

Esse tipo de pessoa é essencial pra tudo, porque nada é permanente, pessoas mudam, envelhecem e assim, tudo que está ao nosso redor deixa de fazer sentido, fazendo com que ganhem novos sentidos, então nós precisamos questionar tudo que nos rodeia e buscar entender como as coisas funcionam.

Não devemos engolir tudo que nos oferecem, porque assim como a comida, os sistemas também são perecíveis. Então pergunte, questione, reflita, saia do automático, olhe todos os lados de uma moeda, observe, entenda as coisas que te cercam, perca o medo de perguntar “porque” quantas vezes for necessário, seja Zequinha, independente se vai irritar ou não, se elas se irritam o problema é delas.

Se você busca se cercar de pessoas que vivem no automático você vai ficar tão estacionado quanto eles, vá atrás de funcionários, amigos, companheiros que te questionem, que te estimulem a pensar e refletir sobre as coisas, só assim você vai crescer como ser humano.

Seja mais Zequinha, porque sim NÃO É RESPOSTA